A cirurgia plástica sucumbe a busca do contorno de formas e volumes vedéticos ao encontro do bem estar físico e mental. Neste embate entre aparência e essência, tornam-se imprescindíveis o nível de esclarecimento ao paciente, a responsabilidade e o profissionalismo do cirurgião e, principalmente, a relação médico-paciente calcada no diálogo franco e aberto, nas atitudes maduras e responsáveis e no respeito pelo ser humano. O divórcio entre cirurgia plástica estética e reparadora é como a ruptura entre a puérpera e o lactente. Não se separam, andam sempre juntos e mais… se completam e se confundem.
Fazer cirurgia plástica estrapola o princípio de confecção de enxertos e retalhos. Fazer cirurgia plástica é desenvolver e aplicar a sensibilidade de ouvir os anseios dos pacientes ,desmistificar preconceitos e traduzir, através do ato cirúrgico, o tratamento proposto e julgado adequado, respeitando-se as barreiras anatômicas.
Se a criatividade e o potencial inventivo do cirurgião esbarram nas limitações do suprimento vascular, para a prática da moral e ética médica e para o aperfeiçoamento constante não há limites em cirurgia plástica.
O logradouro de um resultado satisfatório é fruto da adoção e compreensão de uma linguagem comum entre paciente-cirurgião-familiares, entre os membros da equipe multidisciplinar e do paciente consigo mesmo. Daí, impera o papel do cirurgião plástico de zelar pelo aconselhamento pré-operatório e estabelecimento do vínculo de confiança.
Ser médico de gente e não apenas de doente ilustra o dom mais sublime do cirurgião que, por sua vez, o habilita a lidar com pacientes cuja auto-estima está arranhada sem transitar pela insegurança, pela imprudência, enfim, pelo imponderável…
A expectativa irreal e fantasiada de um paciente jamais pode ser manejada de forma diretamente proporcional à quantidade de gordura lipoaspirada. A cirurgia plástica responsável avalia riscos, calcula benefícios, redefine seu plano de execução e esclarece ao paciente até onde se pode chegar. A cirurgia plástica das concessionárias, vendida a preço de bananas, praticada por pessoas não qualificados e que cria indivíduos símbolos da “dismorfofobia corporal” banaliza e deturpa o verdadeiro conceito dessa especialidade médica.
Enfim, a formação acadêmica consistente, o aprimoramento técnico-científico periódico, o emprego do armamentário médico-cirúrgico com novas tecnologias e a valorização da ética e segurança do paciente em cirurgia plástica se fazem mister para o sucesso da fusão entre arte e ciência.
Dr.Bruno Carvalho – CRM 14658
Para mim é de suma importância exercer a medicina dentro de rigorosos padrões técnicos e éticos. Dessa forma, estou constantemente preocupado em atualizar minhas técnicas e procedimentos, visando proporcionar atendimento de alta qualidade técnico científica e operações com máxima segurança.